Jazz-Rock

SOM NOSSO DE CADA DIA – MAIS UM DIA (CD Digifile- 2019), Rock-Progressivo/Hard-Rock-Brazil, Lacrado.

O SOM NOSSO DE CADA DIA é uma banda Eclética Prog do Brasil, que atua desde 1972.

A formação original consistia no multi-instrumentista Manito, Pedrinho Batera (bateria e vocal) e Pedro Baldanza (baixo).

Eles passaram por várias mudanças de formação desde então e 46 anos depois, lançaram seu terceiro álbum completo “Mais Um Dia“ em agosto de 2019.

Pedro Baldanza é o único membro original restante e, neste álbum, continua fornecendo baixo, mas também contribui com os vocais.

Também estão incluídos nessa formação Pedro Calasso na percussão e vocais, Marcello Schevano nas guitarras e vocais, Fernando Cardoso nos teclados e Edson Ghilardi na bateria.

O álbum é composto por 7 músicas e tem um tempo total de execução de pouco mais de 29 minutos.

Com o lançamento do último CD “Mais Um Dia“, a banda repetiu e elevou a fórmula do seu álbum de 1977, conhecido popularmente como Sábado/Domingo, trazendo grooves e algo extremamente funky anexados aos elementos de rock progressivo.

Os materiais novos se tratam de vertentes reinventadas dos trabalhos mais antigos da banda, com composições líricas tão poderosas quanto as clássicas e agora com o retorno da guitarra, trazendo uma gama estilística um pouco maior, que passa pelo progressivo, groove, hard rock e heavy metal, esta uma das possibilidades dadas pela entrada de Marcello Schevano na banda, rearranjando temas para guitarra, cantando temas atemporais como ‘Vida de Artista’ e demonstrando uma composição posturada de maneira agressiva, como fez em ‘Homem Víbora’.

O álbum também ganhou arranjos de metais, executados pelo Paulo Pizzulin (flauta e trompete) e André Knobl (saxofone), que atuaram em estúdio e ao vivo de forma ímpar, desde as músicas mais clássicas como ‘Pra Swingar’ até aos trabalhos novos como a música tema do álbum, ‘Mais Um Dia’, ‘Black Rio’ e ‘Firmeza Total’.

Roberto Lazzarini por sua vez, trouxe de forma majestosa o uso (e abuso) de sintetizadores, Hammond e Clavinet, que se fez digno, principalmente em faixas mais antigas, onde se demonstrava “incorporando” Manito, como em ‘Bem no Fim’ (conhecida como ‘Tinta Preta Fosca’ por conta de seu refrão), ‘Vida de Artista’, ‘Sinal da Paranóia’ e em um maravilhoso rearranjo da música do compacto de 1981 do Pedrinho Batera, ‘Lixo Per Capita’, que foi regravada pelo Fernando Cardoso (Violeta de Outono) para o disco, mas que no show foi interpretada por Lazzarini.

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